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Caso New Hit e outras drogas


Em época de marcha das vadias, em que as mulheres gritam sobre o valor do seu corpo e lutam para que não ocorra “revimitização”, que a violência física e moral não caia sobre a quem sofreu o processo de violência, somos obrigados a deparar com diversos comentários sobre este fato no caso da banda de pagode que foi acusada de estupro. O final de semana foi conturbado, mais uma vez, para uma banda de pagode. Dez integrantes da banda New Hit foram presos em flagrante, acusados de abusar de duas adolescentes.

A situação é chocante, assustadora, aterrorizante, porém, o que deixa o caso mais terrível é a avaliação das pessoas sobre o fato. Justificam o suposto estupro com: “A roupa das menores davam condições para que o ato ocorresse” ou “Essas meninas de hoje em dia dançam de forma vulgar e depois reclamam”.  O corpo, a roupa, o jeito e a forma de dançar da mulher sempre são a justificativa mais curta de algumas visões machistas para um caso que envolve homem e mulher.

A liberdade do corpo ainda é um tabu quando se trata da forma de se vestir. O homem anda descamisado na rua e isso raramente é colocado como justificativa para um assédio. “Vitimizar” o caso de estupro no caso New Hit por culpar a roupa e a forma de se vestir das menores envolvidas é como retirar a culpa do ladrão que rouba uma pessoa por um descuido da vítima.  Fonte: (Bahia Noticias)

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